"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quinta-feira, 31 de maio de 2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

Flamengo: uma crise diferente das outras.

Bira Pimentel: essa é a melhor análise recente da interminável crise que ronda a Gávea. Leiam!

Por Ricardo González, no Blog Entre as Canetas.
Um bombeiro não precisa jogar pólvora numa fogueira. Basta que fique quieto, que se omita, que não cumpra o seu dever, e o fogo crescerá sozinho. O bombeiro é uma figura de linguagem para a direção do Flamengo, a do clube e a do futebol. A “crise” que vive estampada na mídia é uma das mais estranhas que já vi nesses 25 anos de cobertura esportiva. Minhas gandes dúvidas são quanto aos interessados em mantê-la viva, e aos que nada fazem para contê-la.
Ronaldinho Gaúcho é a figura de maior relevância no clube hoje, e por isso é mais fácil alvejá-lo. Mas ele está lá atrás na fila de problemas. Senão, vejamos: a “crise” do Flamengo resume-se aos 15 últimos minutos do jogo contra o Olímpia. Se eles pudessem ter sido apagados da história, o Flamengo teria vencido por 3 a 0 e estaria classificado na Libertadores. E aí, hoje, provavelmente, estaria tão “em crise” quanto estão Vasco e Fluminense, que também foram para casa mais cedo na competição. Não custa lembrar que o Flamengo foi eliminado com os mesmos 8 pontos com que o Internacional avançou.
Aí houve o Estadual. O Flamengo não foi à final. E desde quando isso significa crise?? Claro, nenhum rubro-negro acho bom perder duas semifinais de turno para o Vasco. Mas, e o próprio Vasco, também está em crise porque não foi à final do Estadual? Claro que não, nem tem de estar. O que o Vasco ganhou mais do que o Flamengo em 2012? O Flamengo é o maior vencedor em nível estadual do século, então tem de ganhar sempre??

segunda-feira, 28 de maio de 2012

PT e PP formalizam unidade em Jequié

Opinião do Blog, por Bira Pimentel. 
Confirmou-se o que os bastidores já antecipavam. O Partido dos Trabalhadores e o Partido Progressista caminharão juntos na sucessão municipal de 2012 em Jequié. Em encontro estatutário realizado no último sábado, 26, o PT deliberou, quase que por unanimidade, a aliança com o PP e a indicação de Sérgio da Gameleira como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Tânia Britto.
Do ponto de vista da atual conjuntura política jequieense, essa aliança representa um marco importante que poderá ser decisivo na sucessão do executivo municipal, bem como demonstra um incontestável amadurecimento político dos dirigentes e da militância petista de Jequié. Há que se enaltecer a postura do diretório municipal que, longe de representar capitulação, como alguns companheiros dissidentes tentam imputar, essa unidade guarda estreita obediência às deliberações da executiva estadual do partido e ao próprio governador Wagner, que não cansa de repetir que nos municípios em que o PT não esteja na frente nas pesquisas, a prioridade é coligar com partidos da base aliada, e dra. Tânia vem liderando todas as consultas até aqui realizadas. Partindo desse pressuposto, onde está o erro?
Historicamente - quem é de Jequié sabe – o PT incorreu em sucessivos erros de avaliação, em função do sectarismo de suas lideranças. O exemplo mais contundente dessa postura estreita se deu nas últimas eleições de 2008, onde Isaac Cunha tinha todas as ferramentas para tornar-se prefeito, mas viu suas aspirações esvair-se pela inabilidade em conduzir o processo político-eleitoral defendendo, de forma intransigente, e contra as orientações da executiva municipal, uma chapa “puro-sangue”. Essa conduta afastou virtuais aliados, a exemplo do próprio Luiz Amaral, que nada mais pleiteava do que uma vice na chapa do PT. O resultado todos nós sabemos, Amaral se tornou prefeito e Isaac amargou um pífio terceiro lugar.
Hoje mais cedo, pude verificar nas redes sociais, que alguns companheiros de Jequié, manifestavam seu descontentamento e ceticismo em relação à deliberação do PT. Para esses incautos mas valorosos camaradas, reafirmo que política não se faz olhando pro retrovisor. Divergências ideológicas sempre irão existir. Não se trata da disputa do poder pelo poder. Se trata sim de um pragmatismo necessário para colocar nosso adormecido município no caminho do desenvolvimento econômico e social. Esse cenário nos remetem a 2002 quando da aliança do PT com o PL, partido representante da burguesia e do grande empresariado nacional. Lula, à época, foi execrado pelas correntes de extrema-esquerda do partido. E deu no que deu. Não fosse a quebra de paradigma, o PT não estaria há dez anos no poder e o país certamente ainda estaria no ostracismo do subdesenvolvimento deixado por FHC.
Marcelo Aguiar, presidente municipal do PT em Jequié
Por fim, não poderia deixar de destacar a seriedade e lucidez daqueles que dirigem o partido dos trabalhadores em Jequié, a começar por seu presidente Marcelo Aguiar, meu candidato a vereador, e principal arquiteto dessa promissora aliança que ora se materializa. Mesmo com a tentativa de ingerência aos quarenta e cinco do segundo tempo, do inapto e vacilante Jonas Paulo, o presidente teve pulso forte e não declinou do projeto em curso. Everaldo Anunciação, futuro presidente do PT na Bahia tem que ser lembrado pela clarividência e extrema capacidade de antever os acontecimentos na política. Os vereadores Davidson e Wanderlei pela contribuição parlamentar e aval institucional e sobretudo a Sérgio da Gameleira que despiu-se da vaidade e secundarizou a aspiração “pessoal” de ser prefeito de Jequié em prol de um projeto mais amplo e participativo.
A todos esses valorosos companheiros, minhas saudações. Vamos em frente, sem mágoas e sem ressentimentos. Vamos em frente por Jequié.

Imprensa: a deformação moral que envergonha o país

Artigo

*Joilson Bergher

Deformada, vendida, medíocre, fascista, desumana, aviltante, A-ética, grosseira, humilhante: assim está parte da imprensa no Brasil. Muito difícil, afirmo, impossível se calar diante de mais um fato extremamente lamentável, cruel - quando uma Pseudo-jornalista  externando exatamente um conteúdo, o pensamento arcaico, conservador, sexista, racista, classista, SIONISTA dessa tal emissora, melhor, de todas elas! O fato: O Programa se chama 'Brasil Urgente', 12ª delegacia de Itapuã, o cidadão acusado de estupro Paulo Sérgio Silva Cunha, é exposto ao 'mundo' não pelo fato do estupro em si (?) Mas por não saber pronunciar uma determinada palavra do vocabulário no Brasil. O determinante em tal episódio é o fato de o acusado ter a pele preta, ser desdentado e desempregado, ter cabelo crespo, não ter ido a escola.
Fico com vergonha, perplexo ao ver como a propaganda midiática em torno do 'vampirismo de programações baixas', tratando de noticias do cotidiano de determinada categoria social do país. São porcos e manipuladores. Essa aprendiz de repórter ao humilhar o rapaz, revela todo o seu desprezo a quem de fato não teve ou não tem tido a possibilidade de acesso ao conhecimento, mínimo que seja. Aliás, ela mesma, tem a pele clara, lisa, bem vestida, deve ter tido acesso a boas escolas, usa bons perfumes, se depila, deve ter veículo próprio. Importante atentarmos para afirmação do professor-Doutor em Comunicação e Ética da UFBA, Edson Fernando Dalmonte “O discurso da repórter representa uma parcela da população.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sugestão de Leitura: Steve Jobs por Walter Isaacson

Opinião do blog, por Bira Pimentel
A biografia oficial de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, é ao mesmo tempo polêmica e intrigante. Primeiro porque as memórias foram encomendadas pelo próprio biografado ainda em vida e segundo porque, em nenhum momento, Steve Jobs teve acesso ao texto e nem revisou os manuscritos, distoando de sua personalidade controladora.
A sinopse do livro já diz tudo, vejam nas palavras do autor: “Ao nascer, foi entregue para adoção por sua mãe solteira. Na escola, destacou-se tanto pela inteligência como pela indisciplina e molecagem. Aos 15 anos, teve um primeiro emprego na HP, comprou um carro velho e passou a fumar maconha. Aos 17, foi morar com a namorada. Aos 19, descalço, vegetariano radical e zen-budista, consumidor de LSD, largou a faculdade e arranjou um emprego na Atari, onde quase ninguém suportava sua arrogância e seu mau cheiro. Na mesma época, fez uma peregrinação de sete meses à Índia. Aos 20, associou-se ao gênio Steve Wozniak e abriu uma firma chamada Apple. Aos 25, já era milionário. Aos 30 foi expulso de sua própria empresa. Doze anos depois voltou para salvá-la da falência e transformá-la na empresa mais valiosa do mundo”.
Assim foi Steve Jobs, gênio da criatividade e da inovação e um babaca detestável como pessoa e gestor. Os teóricos da Administração certamente enfrentam dificuldades ao retratá-lo. Em pleno século XXI, onde o culto da liderança participativa e da descentralização do poder são tidos como verdade absoluta, Jobs situa-se na contracorrente dessa teoria. Nunca foi um expert em informática e engenharia eletrônica, mas foi um visionário, antecipando-se às tendências e criando produtos inovadores que elevaram a Apple ao posto de empresa mais valiosa do mundo. Cultivou diversas inimizades, principalmente daquelas pessoas que tiveram o azar de cruzarem seu caminho e discordarem de suas teses. Para Steve não existia um meio-termo. Qualquer projeto que era levado à sua apreciação, ou era magnífico ou era uma bosta. Teve conflitos homéricos com Bill Gates, da Microsoft, sobretudo quando o assunto era a integração entre hardware e software. Ao contrário de Gates, que produzia softwares, como o Windows, para diversas outras empresas, Jobs acreditava na integração total entre máquina e aplicativos, o que possibilitou a blindagem dos produtos da Apple contra cópias. Morreu brigando com Gates sobre esse tema.
O legado de Steve Jobs é inquestionável. Seu perfeccionismo pode ser notado nos mínimos detalhes dos produtos que criou. Enquanto escrevo esse texto, num Ipad da Apple, constato que a busca frenética pela perfeição e inovação fizeram de Jobs uma das figuras mais emblemáticas de nosso tempo.

Isso é jornalismo?

Bira Pimentel: repercute em toda a blogosfera o vídeo abaixo, em que uma "jornalista" da Band Bahia entrevista um jovem supostamente acusado de assalto e estupro. O deboche e a humilhação são deprimentes. Isso não é jornalismo, é agressão aos Direitos Humanos, é galhofa. E o pior é que todos os programas policialescos e sensacionalistas da TV brasileira vão na mesma linha, com a conivência da polícia que abre espaço para essa palhaçada. Se a Band Bahia for uma empresa séria, tem que demitir sumariamente essa égua travestida de repórter. Um absurdo!

Artigo: Hungria, laboratório do Capitalismo e da agiotagem.

Por Joilson Bergher*

Século 19: lutas por emancipações na política e na economia. O povo húngaro consegue a sua dentro do Império Habsburgo, em 1848, autonomia, finalmente em 1849, independência. Este país se localiza no leste Europeu. Faz fronteiras com muitos países, designadamente, a Eslováquia, a Ucrânia, a Roménia, a Sérvia, a Croácia, a Eslovénia e a Áustria. O seu território é essencialmente plano, com montanhas de baixa altitude a norte. O Lago Balatão, uma estância turística muito popular, é o maior lago da Europa Central. E, mais: A sua música popular serviu de inspiração a grandes compositores como Liszt, Bartók e Kodály. Entre os húngaros mais famosos, são de destacar Albert Szent-Györgyi, que descobriu a vitamina C, Imre Kertész, Prémio Nobel da Literatura, e o realizador István Szabó, vencedor de um oscar. Século XX: Uma revolução de  proporções socialista, capitneada por Béla Kun, se estabelecera. 1919. trabalhadores, estudantes, camponeses, idosos, jovens, mulheres – tudo fervilhava em torno de grandes movimentações sociais. Era a conquista do poder. Cria-se então a República Soviética da Hungria. Essa seria a segunda revolução com um caráter de classe, já que a primeira havia sido a ocorrida na Rússia em 1917, sob a guarda dos Bolcheviques. Um detralhe. É bom afirmar que à série de revoluções, no periodo 1848, na Europa central e oriental que eclodiram em função de regimes governamentais autocráticos, de crises econômicas, de falta de representação política das classes médias e do nacionalismo despertado nas minorias da Europa central e oriental, que abalaram as monarquias da Europa, onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas.

A força do futebol carioca...Na Bahia.

Bira Pimentel: Números mais que questionáveis. A hegemonia do Flamengo é muito maior que os dados abaixo.

Do Pimenta na Muqueca.

A Sócio-Estatística e a GPE fizeram pesquisas no interior do Estado para aferir para qual time torcem os baianos. Em Ubaitaba, 33,2% torcem para o Flamengo e 17,4% preferem o Vasco da Gama. O Bahia tem apenas 3,2% dos torcedores, à frente do Vitória, com 2,7%. Outros clubes aparecem com índices abaixo de 5%. Foram ouvidas 408 pessoas no município sul-baiano

A pesquisa também foi feita em Itapetinga, onde foram ouvidas 702 pessoas. E lá, novamente, o Flamengo é o preferido, com 28,9%. O Vasco da Gama é o vice na preferência, com 14,1%. O Bahia aparece com 3,3% e o Vitória atingiu 3%. As pesquisas foram feitas agora em maio. Nos dois municípios, clubes paulistas aparecem com percentuais abaixo de 3,7% (obtido pelo Corinthians em Itapetinga).

Bahia e Vitória conseguem índices bem melhores em municípios mais próximos de Salvador. Em Alagoinhas, o Bahia possui 15,4% do universo de torcedores e o Vitória atinge 11,5%. Já em Dias D´Ávila, 34,1% são Tricolor de Aço e 14,4% preferem o rubro-negro baiano. Os resultados da pesquisa foram divulgados pela Sócio-Estatística no blog da empresa.

Quarta-feira de cinzas pro Vice da Gama e Florminense. Ainda acho é pouco.






terça-feira, 15 de maio de 2012

Sugestão de leitura: "Apoiando Hitler - Consentimento e Coerção na Alemanha Nazista"

Por Bira Pimentel.
O livro “Apoiando Hitler - Consentimento e coerção na Alemanha Nazista””, do historiador Robert Gellately, pode ser considerado como um desses textos que destoam da vasta literatura já produzida sobre o Nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Recheado de documentos que comprovam sua tese, o autor revela que, ao contrário do que pensa boa parte da opinião pública internacional, o povo alemão consentiu e apoiou as atrocidades implementadas por Adolf Hitler. Contudo, essa atitude de consentimento da população alemã para com o Nacional-Socialismo, deve ser entendida dentro do contexto histórico em que a Alemanha vivia na época. A chegada do Partido Nazista ao poder em 1933, e a consequente indicação de Hitler como chanceler do III Reich, se deu num momento em que a Alemanha vivia mergulhada numa tremenda recessão econômica com desemprego em níveis estratosféricos, inflação galopante, a auto-estima da população abalada pela perda da Primeira Guerra Mundial e com o governo anterior – A república de Weimar – sem conseguir debelar a crise social que se avolumava. Dessa forma, a partir de fevereiro de 1933, os Nazistas foram extremamente competentes em estabilizar a economia, gerar empregos e restabelecer o sentimento nacionalista na combalida sociedade alemã.
Acontece que a verdadeira filosofia nacional-socialista viria a tona no decorrer da década de 30 com a corrida armamentista e a implacável perseguição aos judeus. Nesse período, mais ou menos 1935/36, a população alemã já estava ganha para a causa Nazista. O país tinha conseguido sair da crise econômica, os empregos voltaram e com ele a auto-estima arraigada no patriotismo do povo. O que se observou a partir daquele período até a efetiva perda da guerra em 45 foi não só o consentimento da sociedade alemã com todos os crimes do füher, como principalmente, a participação direta de homens e mulheres na delação dos supostos “inimigos” da nação. A Gestapo – polícia política do Terceiro Reich, comandada por Goring – recebia diariamente um incontável número de denúncias de alemães civis contra judeus e estrangeiros e não hesitava em prender, torturar e matar milhares de não-alemães sem nenhum julgamento prévio.
O livro é bastante envolvente e contribui efetivamente para uma compreensão mais aprofundada dos meandros do Nazismo no período mais triste da história da humanidade. Vale a pena ler.

A despedida de José Carlos Araújo (O garotinho) da Rádio Globo após 42 anos de locução esportiva

Bira Pimentel: A turma da minha geração sabe muito bem quem é esse rapaz aí do lado. José Carlos Araújo foi o sucessor de Jorge Cury na rádio Globo e narrou partidas homéricas dos quatro grandes do Rio de Janeiro, numa época em que as transmissões televisivas eram raras no futebol brasileiro. A verdade é que a Rádio Globo formou uma verdadeira legião de torcedores dos times do Rio, principalmente no Norte-Nordeste, e se o Flamengo tem hoje a maior torcida do mundo, deve-se parcela generosa à abrangência do sinal da rádio Globo, que chegava aos mais longínquos lugarejos desse imenso país, com o inconfundível slogan: "brasileiro não vive sem rádio". Boa sorte ao "garotinho" e obrigado pela incontável quantidade de gols do Mengão que ele narrou.

Do Jequié Repórter.

O narrador esportivo José Carlos Araújo, 71 anos de idade, despediu-se dos microfones da Rádio Globo AM, do Rio Janeiro, onde  trabalhou durante  42 anos narrando os principais títulos da história de Fluminense, Botafogo, Flamengo e Vasco.  A despedida aconteceu no  domingo (13), no intervalo da final do Campeonato Carioca, em que o Fluminense sagrou-se Campeão Estadual de 2012, vencendo pela na segunda partida  o Botafogo por 1×0 (na primeira,  a vitória foi por 4×1). José Carlos Araújo passa a comandar a partir de agora  o projeto de uma rádio 100% esportiva  na capital carioca.  O jogo de despedida em que ele narrou apenas o primeiro tempo  teve o sabor de  uma estreia.  “A gente tem sempre entusiasmo. A cada jogo é uma história diferente”, disse o locutor, ao canal SportTV.   Além de José Carlos Araújo, o comentarista Gerson – canhotinha de ouro –  campeão mundial com a Seleção Brasileira no México, em 1970, também se despediu da emissora. No seu jogo de despedida, o Garotinho, não teve o privilégio de narrar o gol de Rafael Moura que deu o título ao Tricolor, cabendo a Luiz Penido, que transmitiu os 45 minutos finais da partida e, a partir de agora, será o substituto.


"Quem não cumpre acordo, não tem futuro na política"

Bira Pimentel: essa é porreta. O PC do B falando em cumprimento de acordo. Nunca cumpriram. E Ilhéus é mais um exemplo.

Do Pimenta na Muqueca.

O procurador federal Israel Nunes (PCdoB) disse que ainda não está definido se ele será o vice do prefeiturável Jabes Ribeiro (PP). Os dois partidos fecharam acordo no final da semana passada, num golpe quase mortal contra a Plenária Unificada, um arranjo de partidos do qual deveria sair uma chapa para disputar a Prefeitura de Ilhéus.

Numa entrevista ao Cena Baiana, Israel Nunes diz que a posição de vice está em aberto para possibilitar a atração de novas legendas e das negociações em torno das coligações para a disputa de vagas na Câmara de Vereadores.

“Respeitamos e cumprimos os acordos, assim como exigimos que os acordos sejam cumpridos. Em política, quem não cumpre acordo não tem futuro”, diz Israel. Confira a íntegra da entrevista.

domingo, 13 de maio de 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Disputa territorial entre Itabuna e Ilhéus: DEBATE IMPRODUTIVO!

Bira Pimentel: Leiam a matéria. Comento na sequência.

Do Pimenta na Muqueca.

A proposta da Prefeitura de Itabuna de tomar parte do território ilheense onde está situada a loja do Makro, no quilômetro 24 da rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415), foi rebatida pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Nesta terça, 8, houve reunião entre representantes da SEI e das prefeituras dos dois municípios, em Salvador, quando a SEI negou o pedido itabunense, conta o Jornal Bahia Online.
Itabuna também quer que os novos limites territoriais avancem até a área próxima à sede regional da Ceplac, no quilômetro 19 da rodovia que integra os dois municípios. O chefe de Gabinete do prefeito Newton Lima, José Nazal, disse ao JBO que Ilhéus não acatará o pedido, que significaria “perda substancial de terras para Itabuna”.
A área vizinha à Ceplac pretendida por Itabuna é tida como estratégica, pois é apontada como área possível para a construção do novo Aeroporto Internacional. E poderia também abrigar a sede da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba) caso a proposta itabunense fosse aprovada.
Após as discussões técnicas, novo embate entre Ilhéus e Itabuna acontecerá na Assembleia Legislativa, que dará a palavra final neste imbróglio que reacende as disputas das décadas de 60 e 70. Ganhará quem tiver mais força política.

Voltei: 
A contenda territorial entre Ilhéus e Itabuna, que remonta da década de 60, é um desses assuntos chatos e improdutivos que em nada contribui para o desenvolvimento econômico do sul baiano. A visão míope das lideranças regionais secundariza a discussão do que realmente importa, um planejamento estratégico amplo e irrestrito de criação de uma região metropolitana economicamente forte e que envolva projetos estruturantes que possibilitem a saída de Itabuna e Ilhéus do atoleiro em que se encontram.
Me recordo agora das aulas de economia regional do professor Marcelo Santos na Uesc, lá pelos idos de 92, em que era recorrente o discurso de que o sul da Bahia vivia do passado áureo do cacau cuja economia já vinha sendo combalida pelo advento da vassoura de bruxa. E notem que me refiro a noventa e dois, ou seja, vinte anos atrás. De lá para cá, Itabuna e Ilhéus só fizeram involuir com ingerência política de péssima qualidade, prefeitos medíocres e deputados inoperantes. Os céticos podem até argumentar que não só Itabuna e Ilhéus mas todo o Brasil estagnou na década de noventa. Tudo bem, concordo que FHC quebrou o país e deixou um legado de caos social. Contudo, a eleição de Lula em 2002 possibilitou a retomada do crescimento  econômico, da geração de emprego e renda, e nesse ínterim Itabuna e Ilhéus assistiram de camarote a alavancagem econômica de Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Barreiras, Juazeiro, entre outros municípios até então de menor porte. Resultado: temos por um lado um Brasil e uma Bahia que crescem, e por outro uma Itabuna e Ilhéus que regridem com os modelos anacrônicos de governar de seus Fernandos, Geraldos, Jabes, Azevedos e por aí vai...
Na realidade, existe um imenso potencial econômico sub-explorado na região cacaueira. Itabuna e Ilhéus, juntas, podem ser muito fortes. Não só o turismo, fruto de uma característica inata de Ilhéus, e que mesmo assim é decadente, mas o comércio, a indústria e a agricultura bem pensados e estruturados, podem se constituir no motor de alavancagem do desenvolvimento regional. Teremos em breve uma importante ferrovia que escoará para outros continentes, através do porto-sul, boa parte das riquezas nacionais. Teremos um aeroporto internacional na região. Teremos uma universidade federal na região. E diante de toda essa perspectiva de desenvolvimento sócio-econômico, os imbecis que governam Ilhéus e Itabuna, fazem incursões na BR 415 discutindo aonde irão fincar uma estaca de divisão territorial dos dois municípios. Desculpem a franqueza, mas a chegada dos 40 anos nos fazem mais intransigentes com os embusteiros políticos que sempre fizeram essa região agonizar. Bira Pimentel.

Jaques Wagner se encontrará com o Papa Bento 16 nesta quinta

Bira Pimentel: com a lascança dando na canela, como diz Jessier Quirino, o governador vai passear no Vaticano pra bater papo com Joseph Ratzinger, o papa da extrema-direita que representa tudo de mais atrasado que existe na ultra-conservadora igreja católica. Espero que Wagner pelo menos peça a Bento 16 que reze pra chover no interior da Bahia, porque se for depender de carro-pipa, o sertanejo morre de sede.
 
Do Bahia Notícias.
 
O governador Jaques Wagner embarca, na noite desta terça-feira (8), para Roma, na Itália, a convite do Congresso Judaico Latino-Americano, para participar de delegação que se encontrará com o Papa Bento 16. O gestor fará parte do grupo que terá audiência privada com o pontífice na próxima quinta-feira (10), no Vaticano. A intenção seria “estreitar os vínculos entre católicos e judeus na região”. Não se sabe ainda se o judeu Wagner pedirá a benção de Joseph Ratzinger para conseguir resolver problemas como a greve de professores, a seca no estado e até a disputa sucessória nos municípios baianos.

São João se aproxima. Canja de Flávio José.

Record expõe relações Veja-Cachoeira

por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador.

Bob Civita ficou mais parecido com Rupert Murdoch – o barão da mídia investigado por ações criminosas na Inglaterra.
Bob e Abril foram pra tela da TV, em horário nobre: 15 minutos devastadores de reportagem – bem editada, didática, com texto sóbrio e ótimos entrevistados. E isso tudo não se passou num canal de notícias, a cabo. Não. Foi na TV aberta, num domingo à noite. As relações entre ”Veja”  e a quadrilha de Carlinhos Cachoeira foram expostas de maneira inédita para milhões de brasileiros.
Quem navega pelos blogs e as redes sociais talvez já conhecesse boa parte das informações apresentadas na boa reportagem de Afonso Mônaco, no Domingo Espetacular da Record. Mas o público da TV aberta é outro. Esse foi o grande mérito da matéria. Falou para gente que ainda não sabia detalhes dos fatos.
Além disso, serviu para “furar o cerco”. Há, claramente, um pacto entre a chamada “grande imprensa”. Ninguém avança nas investigações sobre “Veja”/Cachoeira. Nesse domingo mesmo, de forma tímida, a ombudsman da “Folha” cobrou do jornal mais informações. Pelo que se sabe, os chamados “barões da imprensa” fizeram um pacto e teriam mandado recados ao governo: não aceitarão a convocação de nenhum deles à CPI.

TJ-Ba reconduz Loiola à Câmara

Bira Pimentel: que esse interminável imbróglio que envolve o legislativo itabunense sirva de lição para a população varrer essa corja de corruptos para o arquivo morto da política nas eleições desse ano.

Do Pimenta

O ex-presidente da Câmara de Itabuna, Clóvis Loiola (PSDC), acaba de retomar o mandato por decisão liminar do desembargador José Olegário Monção Caldas, do Tribunal de Justiça da Bahia. Apenas Roberto de Souza (PR) e Raimundo Pólvora (DEM) permanecem afastados.
Clóvis Loiola estava afastado do mandato desde o dia 26 de janeiro deste ano, por envolvimento com fraudes em licitações e esquema de empresas fantasmas. O afastamento determinado ao ex-presidente e aos outros cinco vereadores no final de abril está relacionado à Máfia do Consignado, que teria desviado mais de R$ 2,8 milhões por meio de adulteração de contracheques de vereadores e assessores.
No último dia 26 de abril, a juíza Rosineide Almeida, da 1ª Vara da Fazenda Pública em Itabuna, afastou Loiola, Roberto e Raimundo, além de Solon Pinheiro (DEM), Ricardo Bacelar (PSC) e Wenceslau Júnior. Na sexta, 4, o desembargador determinou o retorno de Solon e Bacelar. Na quinta, 3, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Mário Alberto Hirs, decidiu pelo retorno de Wenceslau.

A DANÇA DAS CADEIRAS

Nesta terça-feira, 8, tomaram posse como vereadores por 90 dias, os suplentes Maria Neide Oliveira, a Neide de Carlito (hoje no PTN), e Josué Brandão Junior (hoje no PT).
Os dois substituem os vereadores José Raimundo Pólvora (DEM) e Roberto de Souza (PR) que continuam afastados judicialmente dos mandatos, por suspeita de participação na “Máfia dos Consignados”.
Com isso, retornou à condição de suplente Glaby Andrade (Glebão, PV). Ele assumiu o mandato temporário, por 90 dias até o dia 4 passado. Nadson Monteiro (PPS) continua vereador.