"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quinta-feira, 5 de maio de 2011

Hoje, somos todos homoafetivos

Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania.

Enquanto escrevo, ainda não terminou a votação do STF sobre o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Uma amiga, pensadora, a socióloga Vera Pereira, do Rio, porém, em mensagens emocionadas pelo Twitter definiu o processo:
Gente, desde ontem estou ouvindo argumentos, raciocínios belíssimos, sobre os direitos do homem. Que coisa linda!
Minha amiga resumiu, também, o espírito da Suprema Corte de Justiça da Nação. Não haverá clima para reviravolta. Os juízes votam inebriados por um espírito libertário. É um momento historico, o que vejo e ouço diante de mim na tevê enquanto escrevo.
Destaco um dos muitos momentos de beleza daquele julgamento. O juiz Marco Aurélio de Mello definiu assim os homoafetivos: “Os que apenas buscam o amor, a felicidade, a realização“. Um pensamento: depois das sandices de Jair Bolsonaro, a Justiça deu uma resposta.
Parabéns à Justiça Brasileira. Até que enfim expressou o que vai na alma deste povo: a generosidade, o amor, a alegria, o repúdio ao preconceito. Somos um país laico e que põe o amor acima de tudo.
Eu, minha mulher, meus filhos, minha neta, enfim, toda a Nação Brasileira, somos TODOS “homoafetivos”. Hoje, meus caros, homens, mulheres, crianças, idosos, todos, neste país, foram seqüestrados pelo amor. Hoje, o mundo ficou um pouco melhor.

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