"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Se ainda não foi à livraria, vá correndo!

Opinião do Blog, por Bira Pimentel
Acabo de ler em tempo recorde - até porque o texto causa insônia - o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Um calhamaço de investigações que deixaria estupefato o mais astuto discípulo de Sherlock Homes. Trata-se de uma narrativa avassaladora, bombástica e amparada por uma infinidade de provas documentais, sobre o maior esquema de lavagem de dinheiro da história da República no Brasil. Um verdadeiro assalto aos cofres públicos conduzido pelos arautos do PSDB durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso na década de 1990.
O autor, especializado em jornalismo investigativo, revela as atividades ilegais engendradas inicialmente pelo ex-tesoureiro do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira durante o tenebroso período das privatizações das estatais brasileiras que foram entregues a preços de banana ao capital internacional em troca de benesses e gordas quantias de dinheiro sujo. E a lista dos beneficiados não pára por aí. Verônica Serra, filha de José Serra, Alexandre Bourgeouis, genro de Serra casado com Verônica, Gregório Preciado, primo e sócio de Serra, Daniel Dantas, o crápula dono do Banco Oportunity e sua irmã Verônica Dantas, entre tantos outros pertencentes ao clã de José Serra ou próximos a ele e até o ex-governador da Bahia, o demagogo Paulo Souto, formam o quebra-cabeça da narrativa.
O esquema logístico da corrupção era o seguinte: os personagens supracitados abriam offshores (empresas de fachada) nos paraísos fiscais do Caribe, principalmente nas Ilhas Virgens Britânicas, para onde remetiam o dinheiro sujo usurpado dos contribuintes brasileiros. Como é sabido de todos, os paraísos fiscais tem esse nome porque além recepcionarem bilhões de dólares de atividades ilegais como o narcotráfico, o comércio de armas e a corrupção, guardam a sete chaves a identidade dos correntistas. Depois de algumas operações cambiais pra driblar o fisco brasileiro, esse mesmo dinheiro sujo era repatriado “bem lavadinho” e longe de qualquer suspeita para empresas brasileiras de propriedade dos mesmos falsários, sob operações de integralização de capital.
Esse parágrafo acima é apenas um pequeno epílogo da história, porque pra verdadeiramente entender todo esse conluio pra roubar dinheiro público, só lendo o livro.
A Globo não falou nada, A folha de São Paulo, Estadão, Veja entre outros da grande mídia, também emudeceram sobre a Privataria Tucana. Cabe a nós, blogueiros, participantes das redes sociais e indivíduos em geral, pagadores de impostos, com um mínimo de espírito critico e amor ao Brasil, difundirmos o conteúdo desse livro e exigir apuração e punição dessas ratazanas.

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