"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quinta-feira, 24 de março de 2011

Caso de Homofobia no "Inferninho da UESC" gera protestos de universitários

Bira Pimentel: Sem querer entrar na contenda homofóbica, que é um absurdo, em minha época de UESC o "inferninho" era deveras mais interessante, Que o diga Inton Cândido, Paulinho do BB, Élvio Magalhães e companhia. Era um botequinho de uma porta com cerveja gelada a preços módicos, forró universitário de qualidade e as discussões intermináveis entre os militantes do PT e do PCdoB. Hoje o que se vê é um elefante branco, sem identidade com a universidade, regado a show de pagode e cheia de brigões. Lamentável!!!!


Do Pimenta na Muqueca.

A discriminação de um espaço de eventos a dois universitários homossexuais acabou mobilizando a comunidade acadêmica, que realiza manifestação contra a homofobia, amanhã, às 17h, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Dois alunos do curso de Ciências Sociais, de 26 e 19 anos de idade, estavam no “Inferninho da Uesc”, na última sexta-feira (18), e foram obrigados a deixar o estabelecimento quando começaram a se beijar.
O dono do “Inferninho” teria dito que ali não era ambiente para casais gays. O espaço de eventos está situado em frente à instituição de ensino superior e virou point de universitários. O comerciante não foi encontrado para comentar a acusação.



O casal interpretou a atitude como homofóbica, embora, por opção, não tenha recorrido à polícia nem à Justiça para denunciar o caso. “Nosso grito será sempre pela criminalização da homofobia, pela liberdade de expressão homoafetiva”, afirma Janrryer Mota, colega do casal alvo da atitude discriminatória e um dos organizadores da manifestação.
Janrryer disse não entender o porquê da discriminação do dono do estabelecimento se, no mesmo instante, vários casais heteros também se abraçavam e beijavam. “Por que esse amor não é aceito?”, questiona. O ato de protesto será no campus da Uesc, em frente ao “Inferninho”, com concentração no CEU.

2 comentários:

  1. Bira, na única vez que visitei o atual inferninho senti o que vocë descreve nestas linhas. É realmente lamentável o espaço retrogrado, reacionário e vazio que se colocou no lugar do nosso velho e bom inferninho.
    Paulinho do BB.

    ResponderExcluir
  2. O inferninho de hoje não chega a ser nem uma caricatura daquele boteco de uma porta só, com cerveja gelada, boa música, bom papo e tudo o mais que a convivência num ambiente universitário proporciona, principalmente, respeito à liberdade individual.
    no inferninho de outrora, Bira, Paulinho, Jailson, Élvio, Zoião e cia, conviviam harmoniosamente com a turma lgbt. Nunca tiveram problema algum.

    ResponderExcluir