"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palocci caiu, e daí? A vida continua.


Gleisi Hoffmann, nova ministra-chefe da Casa Civil

Opinião do blog, por Bira Pimentel.
Ficou bastante perceptível o clima de tristeza que tomou conta dos líderes de oposição ontem em Brasília, após a confirmação da saída de Antonio Palocci do governo. Seguindo a tacanha tradição denuncista arraigada na chamada grande mídia do eixo Rio-São Paulo, o PSDB e o DEM esperava estender a “crise” que acometeu o governo Dilma com as denúncias contra o ministro da Casa Civil por pelo menos mais uns 15 dias, tempo necessário pra desgastar ainda mais a já combalida base aliada.
Na opinião desse blogueiro,  a presidenta Dilma Rousseff tomou a providência certa, não obstante ter demorado em fazê-lo. Independentemente da veracidade ou não das denúncias, do oportunismo sensacionalista da oposição e da maquiavélica estratégia denuncista pra vender jornais e revistas - lêia-se Folha de São Paulo e Veja – a permanência do Ministro-chefe da Casa Civil no cargo, dada as circunstâncias, faria um estrago de proporções imprevisíveis. Existem diversos projetos do governo federal para serem implementados, outros já em tramitação para aprovação, e o Congresso Nacional simplesmente parou nos últimos 20 dias como forma de imputar uma primeira crise no governo empossado há cinco meses.
Penso que a presidenta Dilma terá que ser ainda mais firme na condução da articulação política do governo, haja vista que a senadora Gleisi Hoffmann, substituta de Palocci, é marinheira de primeiro mandato em Brasília e apesar de já ter demonstrado austeridade e competência nesses breves 5 meses no parlamento, ainda não adquiriu know-how suficiente pra lidar com os interesses de uma base aliada cada vez mais fisiológica e dividida.

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