"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Parada pro descanso

Caros,

Peço desculpas pelo intervalo nas postagens nesse final de ano. O ócio se justifica pelo cansaço acumulado durante o ano e as merecidas férias que estão em curso até dia 12/01/2012. Portanto, reitero que ficarei ausente do ambiente "internético" durante os próximos 15 dias.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos os amigos e leitores de nosso blog um feliz 2012 com muitas realizações. A posteriori estaremos aqui dialogando, trocando idéias e contribuindo para a defesa das causas sociais. O ano de 2012 promete demais. Será ano de eleições municipais e o Mengão será campeão da Libertadores, ou seja, o "caldeirão vai ferver".

Até breve.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rolo compressor!!!


Bira Pimentel: observo os principais sites esportivos pós-jogo e a imprensa especializada utiliza o massacre de Yokohama para fazer analogia entre o limitado futebol brasileiro e as principais forças mundiais da atualidade, Espanha, Alemanha e Uruguai, onde sem excessão, colocam em cheque o potencial brasileiro pra ganhar a copa de 2014. Discordo diametralmente. A fragilidade apresentada pelo Santos na final de ontem decorreu de apenas um fator: MEDO!

Não só no futebol como em qualquer outro esporte, o respeito excessivo  é sinônimo de covardia. O Santos Futebol Clube foi frouxo e a derrota já estava estampada no semblante dos jogadores no início da partida. Melhor pro Barcelona, que além de apresentar um futebol espetacular, ainda encontrou um adversário medroso e totalmente vulnerável. Parabéns Barça!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

“Privataria Tucana”. Maior escândalo da República é ignorado pela grande mídia.

Por Bira Pimentel.
A revista Carta Capital que está nas bancas é bombástica! Num domingo sem muitos afazeres corri pra comprar meu exemplar e, acreditem, fiquei escandalizado com a matéria de capa da Carta. O jornalista Leandro Fortes, com sua astúcia característica, revela em detalhes o conteúdo do livro “Privataria Tucana” do também jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Foram 12 anos de minuciosa pesquisa acerca do programa de privatizações, ou melhor, de entrega a preço de banana das empresas nacionais nos oito anos de governo FHC.  Que a Telebrás, Usiminas, Vale do Rio Doce, entre outras, foram “dadas” de bandeja ao capital internacional, todos nós sabíamos. O que agora deixa o Brasil estarrecido foram os sei lá quantos bilhões de dólares auferidos pela quadrilha chefiada pelo tesoureiro do PSDB Ricardo Sérgio de Oliveira. Nesse degradante lamaçal ainda estão o próprio José Serra, seu genro, sua filha Verônica Serra, o nefasto Daniel Dantas do Banco Oportunity e sua filha, entre outros vermes da elite financeira nacional.
Não quero entrar em detalhes sobre as denúncias, até porque ainda não li o livro, o que farei de imediato. Contudo, o jornalismo investigativo de Amaury Ribeiro tem potencial pra causar um estrago sem precedentes na intocável casta tucana. A grande mídia do eixo Rio-São Paulo simplesmente ignorou a chegada do livro. Folha, Estadão, O Globo e Veja emudeceram-se diante dos fatos, comportamento mais que normal pros obsoletos veículos de comunicação cujas editorias são locais de “reuniões” estratégicas da cúpula tucana.
Não tem problema. O livro de Amaury Ribeiro Jr. vendeu 30 mil exemplares em quatro dias, recorde no Brasil em 2011 e está voltando pro prelo porque não consegue atender a demanda. Desdobramentos imprevisíveis virão a posteriori. Aguardem!


O guerreiro mais forte que nunca.

Por Bira Pimentel.
O presidente Lula, ou melhor, o guerreiro Luis Inácio, iniciou mais uma seção de quimioterapia hoje pela manhã no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Descontraído e bem-humorado, Lula tem demonstrado que se depender de sua auto-estima e otimismo vai tirar de letra a luta contra o tumor na laringe.
Câncer não é brincadeira, independente de ser maligno ou não, independente da localização do sítio primário e do volume tumoral, a doença é perniciosa e, invariavelmente, abala o psicológico do paciente acometido, principalmente quando trata-se de pessoa pública onde todos os holofotes se direcionam. Todavia, toda essa carga negativa que envolve a patologia parece não ter abatido o guerreiro Lula. A equipe médica que trata o paciente divulgou nota em que afirma que a quimioterapia já conseguiu reduzir 75% do tamanho original do tumor do presidente, e com o seguimento planejado do tratamento, certamente Lula conseguirá a cura da neoplasia.
É isso aí presidente. Força e fé em Deus. Seus companheiros Brasil afora estão torcendo por seu pronto restabelecimento. Nosso país precisa demais de sua liderança e astúcia política pra impedir que o modelo anacrônico demo-tucano volte ao poder.
FORÇA PRESIDENTE!!!

A fala de Amaury, o livro e a CPI

por Rodrigo Vianna
Participei da tuitcam com Amaury Ribeiro Jr, na última sexta-feira.* O autor (que é também jornalista) estava  um pouco exaltado no início do bate-bapo. Cheguei a pensar: a editora deveria ter preparado melhor isso, com um formato mais organizado, combinado com o Amaury como se portar. Depois, percebi que isso era fruto de minha cabeça “viciada” de TV.
Aquilo não era um programa de TV. Era um papo na internet. Amaury se mostrou como é: ele fala meio enrolado (como sabem todos os que convivem com ele), exalta-se facilmente, parece perder-se na miudeza dos fatos, mas de repente engata um raciocnio complicado sobre o sistema de lavagem de dinheiro – que conhece profundamente. E revela a grandiosidade da investigação que conduziu.  O Amaury é assim! A tuitcam serviu para mostrá-lo como é, sem retoques.
E é preciso entender o que o Amaury passou ano passado. A imprensa tentou trucidá-lo, transformá-lo num bandido. Ele, que tinha trabalhado nas principais redações do país, foi transformado no pivô de um história que o serrismo e seus parceiros da mídia usaram pra tentar virar a eleição.

Uma obra-prima

Bira Pimentel: Pra lembrar de Chicó e João Grilo além, lógico, do mestre Ariano Suassuna.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Livro bombástico!!

Esse jornalista vai necessitar de escolta. Vou comprar meu exemplar amanhã cedinho.

Josildo Sá. Cabra bom do Recife

Amaury Ribeiro Jr. explica: “os tentáculos da privatização levam a José Serra”

por Rodrigo Vianna
 Amaury Ribeiro Jr. estava agitado na noite de quarta-feira. Não era pra menos: depois de mais de um ano de trabalho (só pra redigir, porque a apuração começara muito antes), o livro sobra a “Privataria Tucana” finalmente saíra da gráfica. Havia marcado de conversar com ele à tarde. Mas Amaury teve que correr até a editora, para alguns acertos finais e pequenas correções.
Quando entrei na pequena sala onde ele trabalha, por volta das seis da tarde, Amaury tinha já vários livros sobre a mesa. A cada pergunta que eu fazia, ele corria direto para a página onde estava o documento que poderia embasar sua resposta. “O livro está muito bem documentado”, o jornalista não cansa de dizer. 
E o Serra? “Os tentáculos da privatização levam ao José Serra”, afirma o jornalista.
A seguir, uma entrevista exclusiva de Amaury Ribeiro Jr. ao Escrevinhador… 
- Por que Ricardo Sergio (ex-caixa de FHC e Serra) é tão importante nessa história?
Por 3 motivos.
Primeiro, na condição de diretor internacional do Banco do Brasil, ele assinou uma portaria que permitia a bancos brasileiros possuir contas em bancos correlatos no Paraguai, e vice versa. Essa medida tinha como pretexto facilitar a movimentação de dinheiro dos brasileiros que possuem comércio no Paraguai. No entanto, se transformou no maior duto para lavagem de dinheiro. Em vez do dinheiro vir para o Brasil, os doleiros passarama a usar esse mecanismo pra mandar toda a grana para uma agência do Banestado em Nova York. Pode-se dizer que Ricardo Sérgio atuou nessa ponta da lavanderia do Banestado.
Segundo ponto, Ricardo Sergio foi o grande artesão dos consórcios das empresas de telecomunicações durante as privatizações, no governo FHC. Ele conseguia manipular a formação dos grupos porque controlava o Previ (milionário Fundo de Previdência dos funcionários do Banco do Brasil), e decidia a forma como o Previ participaria dos consórcios. Ele conseguia isso porque o presidente do Fundo era um aliado dele – João Bosco Madeiro da Costa.
Por fim, Ricardo Sérgio criou a metodologia de usar as “offshores” nas Ilhas Virgen Britânicas, principalmente no Citco. Essas “offshores” eram usadas pra internar [trazer de volta ao Brasil]  dinheiro que saiu ilegalmente do país, por meio de uma rede de doleiros.
- Ricardo Sergio foi indicado para o Banco do Brasil por quem?
Clovis Carvalho, homem muito próximo de FHC (foi ministro da Casa Civil) e Serra.
- O livro mostra uma rede de pessoas muito próximas a Serra e que teriam ligação com o esquema das “offshores”. Quem faz parte dessa rede? 
A filha de Serra, Verônica. O genro dele, Alexandre Bourgeois. O primo de Serra, Gregorio Marin Preciado. Além de Madeiro da Costa.

Rubro-negros convictos. Lara e Pedro no domingão de Mengão!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Resumo do Brasileirão 2011 - Sem surpresas!!

Por Bira Pimentel 
Apesar da disputa acirrada até a última rodada, o brasileirão 2011 terminou sem surpresas. Vejamos porque:
   1-      O Corinthians, mesmo sem apresentar um futebol que enchesse os olhos da fiel, conseguiu manter a regularidade nos dois turnos e terminou merecidamente como campeão.

     2-      Os quatro rebaixados frequentaram a zona de baixo da tabela durante toda a competição, de modo que Avaí, América/Mg, Atlético/Pr e Ceará não tem do que reclamar. Pena que o Ceará, digno representante do Nordeste, não conseguiu se manter.


3-      O Flamengo teve um pífio desempenho no segundo turno e pode agradecer de joelhos o quarto lugar e a vaga na Libertadores. A posteriori irei escrever um texto específico sobre o mengão.

4-      De positivo pro Flamengo apenas ter terminado o ano de 2011 invicto nos clássicos cariocas, feito que nem a super-máquina de Zico, Adílio, Andrade e Cia (o maior Flamengo de todos os tempos) não conseguiu. Foram 12 jogos contra Botafogo, Fluminense e Vasco com 5 Vitórias e 7 empates.


5-      O Rio de Janeiro emplacou 3 times na Libertadores de 2012, Vasco, Fluminense e Flamengo, se mantendo na crista da onda do futebol brasileiro de forma recorrente.

6-      Fiz comentário em post anterior, por volta de meados de novembro, que a empolgação da torcida cruz-maltina poderia se tornar inócua, e não deu outra. O time do Vasco, por uma série de circunstâncias (doença do treinador, conquista da copa do Brasil, entre outras), foi muito mais empolgação do que futebol propriamente dito. Há quinze dias falava-se em tríplice coroa e o resultado todos sabemos. Os fatos não deixam dúvida: caiu frente a Universidade Católica, empatou jogo chave contra um combalido Palmeiras no Parque Antartica, e confirmou o cenário que vem se repetindo há 23 anos, não conseguir derrotar o Flamengo em jogos decisivos.

7-      Apesar do penta corintiano, do espírito aguerrido da equipe do Vasco e da arrancada surpreendente do Fluminense no segundo turno, não tenho dúvida de que o melhor time do Brasil é o Santos. Pode não conquistar o mundial interclubes que está sendo disputado agora no Japão, afinal de contas o Barça tá na área, porém se tivesse dado a devida importância ao brasileirão e não tivesse tantas baixas no departamento médico, levaria o campeonato de barbada.

8- Ah, antes que eu esqueça, Santos x Flamengo, no primeiro turno, foi a melhor partida de futebol dos últimos dez anos no Brasil. Apoteótica.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Homenagem a um grande homem de esquerda que nos deixou

Por André Lux.
Palavras do meu amigo jornalista esportivo Elias Aredes Júnior: "Sócrates morreu. Com ele, um pouco de originalidade. Em tempos de politicamente correto e de demonização do pensamento de esquerda, Sócrates nunca ficou em cima do muro. Mostrava admiração por Lula, Fidel Castro e não estava nem aí para a patrulha. O mundo do futebol é dominado por atletas sem cerebro e sem pensamento. Quando param, mesmo quando viram comentaristas, são portadores de frases. Sócrates foi original, único, indescritivel. Por isso fará falta. E como!"

Sujeito criativo da gôta

ÔÔÔÔÔÔÔ, VICE DE NOOOOOOVO!!!!!!!

ÔÔÔÔÔÔÔ, VICE DE NOOOOOOVO!!!!!!!

QUEM NÃO SABIA DISSO?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Comentários restabelecidos

Caros,

O problema ocorrido na seção "comentários" foi resolvido. Há mais de 3 meses que ninguém conseguia publicar suas opiniões. O Provedor enviou mensagem dizendo que solucionou a pendência. Podem descer a madeira!!!

Aproveito pra pedir desculpas a meu amigo Joel Gomes da Silva (o ministro da educação), que me esculhambou todo quando não conseguiu postar um comentário no blog. Calma Amaraji.

Saudações. Bira Pimentel

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A verdade 22 anos depois

Bira Pimentel: Boni, o calhorda manda-chuva da Rede Globo, revela o que todos nós sabemos há 22 anos, a manipulação descarada da Globo no último debate entre Lula e Collor. A Globo tem lado, meus caros, e não é o lado dos trabalhadores.

Bastidores da troca no “JN”

Bira Pimentel: ótima análise do Rodrigo Vianna, profissional que conviveu durante anos a fio com a corja global, até que não aguentou tanta manipulação e deu linha. A matéria é extensa mas vale a pena ler até o fim.

por Rodrigo Vianna
A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”. No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.
Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.
Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global. Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.
Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo.
Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco. E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.
Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.
Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.

História: a investida de Henry Ford

Do Opera Mundi

Hoje na História: 1913 - Henry Ford começa produção em massa de automóveis

Inovação reduziu tempo de construção de um automóvel de 12 para duas horas e meia 
 
No dia 1º de dezembro de 1913, Henry Ford instalou a primeira linha de montagem móvel para a produção em massa de um automóvel inteiro. Sua inovação reduziu o tempo de construção de um carro de mais de 12 horas para duas horas e trinta minutos.
O modelo T da fábrica Ford, apresentado em 1908, era simples, robusto e relativamente barato, mas não o suficiente barato para Ford que estava determinado a construir um “carro para as grandes multidões." A fim de diminuir o preço de seus automóveis, destacava Ford, precisaria encontrar um meio de construí-los de maneira mais eficiente.
Havia anos que Ford tentava incrementar a produtividade de sua fábrica. Os trabalhadores que construíam seus carros Modelo N, predecessor do Modelo T, dispunham as peças e partes numa fileira no chão, punham-nas em trilhos deslizadores e arrastavam-nas, ajustando umas às outras. Mais tarde, o dinamismo do processo tornou-se mais sofisticado. Ford dividiu a montagem do Modelo T em 84 passos discretos, por exemplo, treinando cada um de seus operários em executar apenas um dos passos. Contratou também o especialista em estudos de movimento, Frederick Taylor, para tornar a execução ainda mais eficiente. Nesse meio tempo, construiu máquinas que poderiam estampar as partes automaticamente e muito mais rapidamente do que o mais ágil dos trabalhadores.
O mais significativo aspecto da cruzada de eficiência montada por Ford foi a linha de montagem. Inspirado nos métodos de produção em fluxo contínuo utilizados pelos moinhos de farinha, cervejarias, fábrica de enlatados e padarias industriais, a par da retalhação de animais abatidos nos abatedouros de Chicago, Ford instalou linhas móveis de peças e partes para o processo produtivo. Por exemplo, os trabalhadores construíam os motores e as transmissões em correias transportadoras com as peças baixando em polias de cordas. Em dezembro de 1913, desvendou sua ‘pièce de résistance’: a linha de montagem móvel do chassi.

Em fevereiro de 1914, acrescentou uma correia mecânica que marchava numa velocidade de dois metros por minuto. À medida que o passo era acelerado, Ford produzia mais e mais automóveis. Em 4 de junho de 1924, a linha de montagem da unidade de Highland Park atingiu a marca de 10 milhões de unidades do Modelo T produzidas. Embora o Modelo T não tivesse durado muito mais, já em meados dos anos 1920, os consumidores queriam um carro que fosse barato e que tivesse todos os acessórios desprezados pelo Modelo T, o que marcou a era do automóvel para milhões de usuários para sempre.

Fernando Rodrigues: "Os ratos do PSDB"

Artigo de Fernando Rodrigues, na Folha de S. Paulo:

É difícil construir um discurso na oposição quando o país vive em estabilidade econômica e a presidente da República tem a fama de incorruptível. Nesta semana, foi a vez de a “New Yorker” perfilar Dilma Rousseff, elogiada no texto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Coincidência atroz para os tucanos. Ontem, o PSDB veiculou um comercial de 30 segundos atacando o governo do PT e de Dilma Rousseff.

O filme começa com uma imagem da famosa propaganda dos ratos comendo a bandeira do Brasil, usada pelo PT em 2002 -a primeira incursão de Duda Mendonça pró-Lula.

No comercial de ontem do PSDB, surge então um locutor interpretando o seguinte texto: “Há nove anos, nessa propaganda, o PT anunciava que, se o Brasil não acabasse com a corrupção, a corrupção iria acabar com o Brasil. Há nove anos, o PT está no poder… e o que era apenas uma propaganda do PT [aparece um rato comendo um pedaço da bandeira, arrotando e dando risada]… virou a realidade deste governo”.