"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Filmes: "Capitão América - O primeiro vingador"

DIVERSÃO PURA

O filme é muito bom e não tem nada de patriotadas irritantes pelas quais os estadunidenses são famosos

- por André Lux, crítico-spam
Tinha tudo para dar errado mais esta adaptação de um super-herói da Marvel, a começar pelo nome “Capitão América”, que evoca as piores bravatas patrióticas pelas quais os estadunidenses são famosos.

Mas, por incrível que pareça, o filme é muito bom e não tem nada de patriotadas irritantes (que destruíram, por exemplo, “Invasão do Mundo: A Batalha de Los Angeles”). Pelo contrário, deram até um jeito de ridicularizar o herói quando é reduzido a um mero garoto propaganda do exército para angariar dinheiro em bônus de guerra.

O diretor Joe Johston, que veio dos efeitos especiais e não tem lá um currículo muito brilhante (seu filme melhorzinho era “Rocketeer”), até que se sai bem aqui, equilibrando satisfatoriamente cenas de ação com outras mais intimistas que ajudam a gerar simpatia pelos personagens, essencial para que esse tipo de filme funcione.

O desenho de produção é muito bom (bem diferente do horrível “Thor”) e evoca com maestria o clima dos anos 40 (a história passa em plena segunda guerra mundial). Ajuda muito o elenco, principalmente os coadjuvantes, que dão força ao ator principal Chris Evans como Capitão América (aqui num papel bem diferente do arrogante e cheio de si Tocha Humana que interpretou nos filmes do “Quarteto Fantástico”). Mas quem brilha é o sempre excelente Hugo Weaving, o eterno Sr. Smith de “Matrix”, como o vilão Caveira Vermelha.
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Os efeitos especiais são bons e na medida certa, o que é sempre uma surpresa já que hoje em dia, depois do advento da computação gráfica, a maioria dos filmes de ficção e aventura desse tipo acabam poluídos pelo excesso deles. O irregular compositor Alan Silvestri, da trilogia “De Volta Para o Futuro”, acerta também ao compor uma trilha musical adequada e sem exageros, muito bem orquestrada e executada, que atua em favor do filme – principalmente nas cenas de ação.


O filme também tem bastante humor (do tipo inteligente, não igual ao “Thor”, onde quase todas cenas cômicas mostravam o herói batendo a cabeça em alguma coisa) e, maior dos méritos, não se leva a sério. Nesses quesitos lembra bastante o “Superman” de 1978, com Christopher Reeve. É diversão pura e sem pretensões além disso. Por tudo isso, vale a pena ser visto.


Cotação:

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