"[...] Na istrada do disingano/andei de noite e de dia/inludido percurano/aprendê o qui num sabia [...]" (Elomar Figueira Melo. Desafio - Fragmento do quinto canto: Das violas da morte, do Auto da Catingueira)





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O caso Adriano na vida corporativa

Pessoal, esse artigo foi escrito em março de 2010. Apesar do tempo faço a publicação pela excepcional analogia feita por Mello Jr. entre a realidade vivida por Adriano e a realidade que presenciamos diariamente nas organizações que trabalhamos. Vale a pena ler. Bira Pimentel

Por Mello Jr. - Consultor de empresas e palestrante.

Nos últimos dias a mídia tem centrado esforços para divulgar e debater a situação do jogador de futebol conhecido como Imperador, que hoje joga no clube de maior torcida no Brasil. Adriano é reconhecidamente um ótimo jogador de futebol e não tão bom exemplo para os futuros craques candidatos a fama através do esporte. É sabido que os grandes clubes têm departamentos cuidando dos futuros atletas não restringindo apenas ao campo de treino e jogo, mas com verdadeiras legiões de profissionais de diversas áreas como professores de etiquetas, comunicação, médicos, psicólogos, nutricionistas….
Isso porque devem tratar das jóias raras que são os reais garantidos no cofre mais adiante, pois, investir em cuidar destes talentos tem retorno garantido.
Outro jogador, do Internacional de Porto Alegre, simplesmente faltou a treinos sem justificar porque estava com dívidas e não recebeu aumento, queria ser vendido para ganhar grana a sanar dívidas. Sua atitude é sinal de fuga e a história se repete em outras formas: alguns bebem, outros criam badernas, outros somem, que coisa! Isso com toda a estrutura que um clube coloca a disposição do atleta e da família dele, imaginem clubes pequenos? Lá deve também ter os Adrianos da vida, Robinhos, Ronaldinhos.
Trazendo para a realidade corporativa, como sua empresa trata seus Adrianos? Quando surgem os Neymar da vida? Como prepara este profissional para o sucesso? Quando ele chega ao topo qual o próximo passo?
Conheço vários profissionais principalmente da área de vendas que na pressão se entregam a determinadas fugas e sem perceberem as empresas forçam a entrega máxima do profissional em busca do atingimento das metas. Mas ele é um Adriano, quando está bem resolve (vende); é um Ronaldinho, que num passe de mágica atinge a meta do mês e salva a equipe. Sei que é um assunto delicado e deve ser tratado com muita atenção, carinho e seriedade. No programa retenção de talentos que toda a empresa deve ter, um canal de comunicação e orientação deve ser criado para orientar profissionais de todos os níveis, principalmente aqueles que um dia serão os líderes da organização.
Claro que disciplina e cumprimento de normas não se abrem mão e eu defendo este conceito a ferro e fogo, mas ser preventivo é obrigação de todo gestor.
A coisa mudou muito, na época em que eu jogava futebol além do talento precisava tirar notas boas na escola e tava bom, mas hoje é isso e muito mais.
Então qual o programa interno da sua empresa que trata destes assuntos e dos Adrianos que, com certeza, sua empresa tem em seu quadro?

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