Reunião do G-20

A reunião do G-20 que começa hoje em Seul não poderia acontecer em momento mais propício. O presidente Lula e a presidente eleita já estão na Coréia e, dessa forma, escaparam da crescente onda de conjecturas acerca do novo ministério do governo Dilma.
Com o fechamento das urnas em 31/10 e a confirmação (para o bem do Brasil) da vitória de Dilma Rousseff, a grande imprensa e praticamente todos os partidos da base aliada, iniciaram a boataria sobre o loteamento de todo o staff da futura presidente. O PMDB, com o fisiologismo que lhe é peculiar, saiu na dianteira e comenta-se que Michel Temer já externou pra Lula e Dilma quais os ministérios que seu partido julga, de direito, que deve coordenar.
Particularmente, minha expectativa gira em torno da manutenção, ou não, da equipe econômica. Henrique Meirelles e Guido Mantega tem conduzido a economia brasileira de forma competente, porém sem muita audácia do ponto de vista de medidas mais arrojadas que possibilite um crescimento mais consistente. Taxa de juros é um claro exemplo dessa timidez.
Portanto, esses 4 ou 5 dias de compromissos externos de Lula e Dilma são de suma importância para estancar a boataria da divisão de cargos, como também possibilita ao presidente Lula apresentar oficialmente sua sucessora, aos países mais importantes do mundo contemporâneo.